- História de um Piano da Casa Memória Lopes-Graça -

 




O belo Gotrian Steinweg que agora repousa na Casa Memória Lopes-Graça,  terá   acompanhado o compositor  a partir de 1939, na parte de casa que o compositor alugou na Rua do Século  nº128 no 3º andar, tendo-o acompanhado para o outro quarto na Rua da Infantaria Dezasseis, nº 87, 2º esquerdo em 1944 e que no início dos anos sessenta acabou por ser substituído pelo Bechstein de cauda que entrou na casa que o compositor passou a habitar, “El mi Paraiso”, na Parede, até à sua morte. Este Gotrian Steiweg  foi a repousar numa casa do Arq.  Romeu Pinto da Silva que em boa hora o doou à Casa Memória. 

A fábrica de Pianos Gotrian-Steinweg foi fundada na Alemanha em 1835 por Heinrich Engelhard Steinweg e Friedrich Gotrian. Entre outras inovações,  a esta fábrica se ficou a dever a utilização das “cordas cruzadas”, tanto nos modelos de piano ao alto, como nos pianos de cauda, que muito revolucionou a sonoridade do instrumento. 

Em 1853, Heinrich E. Steinweg vende a sua parte na fábrica e imigra para os EUA fugindo, como muitos outros alemães, da instabilidade política e respetivas guerras que acompanharam a formação da Alemanha e da Itália no século XIX.  

Com a saída de Henrich, a fábrica passou a ser controlada pela família Friederich Gotrian, mantendo sempre a fabricação artesanal e um controle de qualidade rigoroso, sendo responsável pela utilização das “cordas cruzadas”.  Esta evolução permitiu-lhe abrir fábricas em Moscovo e em Londres, ainda no século XIX. 

Heinrich Steinweg foi obrigado a anglicanizar o seu nome passando a chamar-se Steinway, construindo com os seus filhos a fábrica e empresa Steinway and Sons.  

 



Comentários

Mensagens populares deste blogue